Foi provavelmente nos anos 30 do
século passado que foram adquiridos pelos Serviços Florestais os primeiros
veículos rodoviários motorizados, movidos a gasogénio.
Para circulação desses veículos,
apesar de já existirem algumas estradas e vários ramais de vital importância
dentro do Pinhal, foi preciso abrir novos caminhos. Com verbas orçamentais
muito reduzidas, estes caminhos, que chegaram a atingir uma extensão de 30 Km,
foram cobertos com mato, ficando por isso conhecidos como os “caminhos de
mato“.
O sistema usado nos veículos a
gasogénio usou-se em períodos de escassez de combustível, principalmente antes
e após a Segunda Guerra Mundial. O aparelho, destinado à produção de gás pobre,
tratava-se basicamente de uma caldeira, acoplada ao veículo, onde se fazia a
combustão de matérias vegetais (carvão) sob oxidação parcial para obtenção de
combustíveis gasosos, usados depois nos motores de combustão interna dos
próprios veículos em substituição da gasolina.
Estes veículos, usados no transporte
de pessoas, alfaias e, em caso de incêndio, no transporte rápido dos bombeiros
da floresta, foram uma mais-valia para os transportes dentro do Pinhal,
complementando o que até aí era feito com recurso ao transporte por carros de
tracção animal ou pelo próprio Comboio de Lata.
Camioneta a gasogénio
- anos 30/40 do séc. XX
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