Atendendo à antiguidade do Pinhal do
Rei/Mata Nacional de Leiria/Pinhal de Leiria, pode dizer-se que os transportes
dentro da Mata foram, durante séculos, feitos por veículos de tracção animal,
pois não havia outros.
A tracção animal no Pinhal do Rei
usou-se, em alguns casos, nomeadamente nas aldeias limítrofes, até quase ao
século actual, apesar da existência, já, de boas rodovias e veículos rodoviários motorizados.
Segundo Manuel Afonso da Costa Barros, Cabo dos Guardas do Real Pinhal de Leiria, Director das Fábricas Resinosas e Administrador Interino do Pinhal de Leiria em 1847, em “Reflexões e cálculos”, havia em 1772 “2129 carros obrigados ao serviço das conduções de madeira d’este Pinhal para o porto de S. Martinho”, havendo ainda a juntar a estes os carros usados pelas populações vizinhas na recolha de produtos do Pinhal para uso nas suas lavouras. Este número veio a decair significativamente e, em 1822, ainda segundo o mesmo autor, esse número era apenas de “200 carros para todos os serviços do Pinhal”, ainda assim um grande número.
Segundo Manuel Afonso da Costa Barros, Cabo dos Guardas do Real Pinhal de Leiria, Director das Fábricas Resinosas e Administrador Interino do Pinhal de Leiria em 1847, em “Reflexões e cálculos”, havia em 1772 “2129 carros obrigados ao serviço das conduções de madeira d’este Pinhal para o porto de S. Martinho”, havendo ainda a juntar a estes os carros usados pelas populações vizinhas na recolha de produtos do Pinhal para uso nas suas lavouras. Este número veio a decair significativamente e, em 1822, ainda segundo o mesmo autor, esse número era apenas de “200 carros para todos os serviços do Pinhal”, ainda assim um grande número.
Recorde-se que, quase até finais do
Séc. XIX, por falta de estradas, estes carros circulavam apenas por caminhos ancestrais
abertos ao longo dos tempos no Pinhal.
A partir de 1867, os Serviços
Florestais, para seu uso próprio, construíram então algumas estradas dentro e
fora do Pinhal.
Em 1921, o Pinhal do Rei contava já
com cerca de 31 km de estradas macadamizadas.
Para circular nestas estradas e
atendendo ao ainda grande número deste tipo de carros, houve a necessidade de
se regulamentar o trânsito dentro do Pinhal, obrigando os Serviços Florestais a
criar, em 1925, um regulamento especial para o efeito. Este regulamento,
aprovado por despacho ministerial, foi complementado em 1926 através de Decreto-lei,
aplicando-se alguns dos seus artigos ao regulamento já existente.
Para circularem com os carros no
interior do Pinhal, os carreiros estavam obrigados a possuir uma licença de
trânsito, passada, conforme o regulamento, a troco de pagamento de taxas. Por
outro lado, na verdade, tratava-se de um conjunto de proibições e obrigações, onde
os incumpridores de qualquer dos seus artigos estavam sujeitos a pesadas multas.
Regulamento do
Trânsito nas Estradas Florestais a Macadame da Mata de Leiria
(com Decreto-lei
de 1926 anexo)
(In: Roldão, Gabriel,
2017, Elucidário do Pinhal do Rei, Marinha Grande)
Comboio de carros de
tracção animal no Pinhal do Rei
Transporte de lenha - anos 50 de séc. XX
Transporte de lenha - anos 50 de séc. XX
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