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No tronco dum pinheiro da Floresta


A infinita frase dos pinhaes

cantou embaladora à minha infância,

e ficou em minha alma a ressonância

destas religiosas catedraes...

Em cada inverno as árvores doridas

fogem do mundo, deixam-no sozinho;

só estas, sempre fielmente erguidas,

mantêm no mesmo gesto igual carinho.

Verdes amigos certos para a gente,

têm a constância na adversidade,

dão a saúde e ensinam a bondade,

— a Bondade: justiça sorridente.


Afonso Lopes Vieira


Painel (parte) de azulejos no antigo lavadouro de S. P. de Moel - Parque do Vale do Ribeiro de S. Pedro de Moel
(Desenho de Gama Diniz)

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