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Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2015

Os enxertados do Pinhal do Rei

            Existem no talhão 185 do Pinhal do Rei, contíguo a sul ao Aceiro K, alguns curiosos e estranhos pinheiros bravos, resultantes de uma experiência de enxertia outrora feita neste talhão.             Os objectivos concretos e os autores de tal experiência são desconhecidos, já o resultado está bem visível.             Consultando o Plano de Gestão Florestal da Mata Nacional de Leiria/Pinhal do Rei, elaborado em 2010, constatamos que este talhão (parcela A) tinha, à data, uma idade de 37 anos, o que remete o nascedio para 1973, altura em que ainda se usava a sementeira artificial, feita dentro dos dois anos seguintes ao corte final.             Ora, crê-se que, algum tempo depois, alguém, por razões desconhecidas, executou a referida experiência, enxertando em pinheiros novos, por cima, ramos de outros pinheiros.             O resultado, visto hoje em dia, é que a parte original do tronco do novo pinheiro, que actualmente varia, entre exemplares, entre 0.5 e 1 metros

O regresso do Poeta ao Pinhal do Rei

O regresso do Poeta ao Pinhal Há quanto tempo aqui não vinha… E que bons tempos aqui passei. Ai as saudades eu tinha Deste meu Pinhal do Rei… Mas, agora que regressei, Quero ir visitar Os lugares por onde andei, Sem nenhum deixar escapar. Quero ir de lés a lés, Sem obstáculos ou entraves, Escutar o canto das aves E o suave crepitar do ribeiro, Perder o Norte e o paradeiro, Quero ir de lés a lés. Quero dar a Volta aos Sete, E ir ao Canto do Ribeiro, Andar por aí num aceiro, Sem nada que me inquiete. Quero dar a volta à Mata, Quero ver o Lis e os Campos, Viajar no Comboio de Lata E ir ao Vale dos Pirilampos. Quero ir à Ponte Nova. No Tromelgo quero ver o viveiro, E, mesmo junto ao Aceiro, Quero passar na Lagoa Cova. Quero ir visitar as Tercenas, A Crastinha e Água Formosa, E, com tantas paisagens amenas Desta floresta majestosa, Ainda vou escrever uns poemas, Seja em verso ou seja em prosa. Qu

A Duna Primária

            Recuando ao tempo de D. Dinis, é sabido que, o Monarca, ao incrementar o plantio do Pinhal, teve como um dos objectivos segurar as areias que os ventos arrastavam para as férteis terras do interior, prejudicando a agricultura. No entanto, dado que a maior parte das nossas costas marítimas, exceptuando as mais altas e as de penedia, era constituída por extensos desertos móveis de areia, ainda, em 1841, havia, junto ao litoral, entre a Praia da Vieira e a foz do Ribeiro de Moel, uma faixa de 2 000 hectares de areias que continuava a invadir o Pinhal. A arborização desta faixa apenas se completou em 1909. Porém, não havendo obstáculos naturais que travassem o areamento desta faixa foi, portanto, necessário criá-lo artificialmente antes de arborizar. Esse obstáculo chamou-se Duna Primária.             Se a construção da Duna Primária resolvia o problema da invasão do Pinhal por areias trazidas pelo vento, havia, por outro lado, que resolver o problema das zonas já areadas e