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O Pinheiro do Facho

            Existiram noutros tempos no Pinhal do Rei vários pinheiros que, pelas suas dimensões, idade ou forma, se destacaram na Mata. As referências a quase todos estes pinheiros são-nos dadas em 1938 pelo Eng.º Arala Pinto no seu livro “O Pinhal do Rei”.
            Ao referir-se a estes notáveis pinheiros, Arala Pinto não só nos fala de árvores ainda existentes à data em que escreve, como também nos fala dos velhos pinheiros já abatidos, entre os quais o Pinheiro do Facho. Este célebre pinheiro tinha 1,85 metros de DAP (diâmetro à altura do peito - medido a 1,30 m do solo) e 39 metros de altura. Deste histórico pinheiro existia ainda, naquela época, parte do seu tronco, tendo-se verificado, na sua análise, uma idade de 181 anos. Diz-nos ainda Arala Pinto que, por informações que lhe foram dadas, o cubo total desta árvore deu 21 metros cúbicos.
            A localização concreta onde existiu este pinheiro não nos é informada mas, dado o seu nome, crê-se que teria existido a sul do Pinhal, perto do Ponto de Vigia do Facho. Também a data do seu desaparecimento não é informada, mas, se Arala Pinto diz “só conheci parte do seu tronco”, teremos obrigatoriamente de remeter tal facto para uma data anterior a 1922, data em que Arala Pinto foi colocado na Circunscrição Florestal da Marinha Grande.
            No Parque Florestal de Amarante, concretamente numa das paredes exteriores do edifício do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Norte – ICNF, existe um painel de azulejos representando o célebre Pinheiro do Facho. Este painel, datado de 1924, foi produzido na Empresa de Louça e Azulejo (E. L. A.) em Aveiro, sendo desenhado por Francisco Luís Pereira. É constituído por azulejos quadrados de 14 cm de lado, atingindo sensivelmente as dimensões máximas de 1,54 m de altura e 1,12 m de largura.

Edifício do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Norte

Painel de azulejos representando o Pinheiro do Facho

Comentários

  1. Visito com muita frequência este seu interessante espaço, e por uma razão especial...é extremamente pedagógico/didáctico, onde me embrenho com facilidade porque "no fim," parece-me que ambos gostamos dum princípio comum...recordar...memorizar...manter "vivo" para os outros!
    Obrigado.

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