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Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2014

O Pinheiro do Montinho

            Este pinheiro, de notáveis dimensões e longevidade, existiu no talhão 180. Tinha 0,89 metros de diâmetro a 1,30 m do solo (DAP), 39 metros de altura e uma i dade, em 1941, de  cerca de 200 anos.             Esta avançada idade levou-o a ser atacado pelo Trametes pini (cogumelo que ataca o pinheiro devorando-lhe o tronco), pelo que, nos últimos anos da sua vida, para o manter de pé, foi construído um maciço de areia (um montinho) em redor do seu tronco.             A descrição deste pinheiro é-nos dada com emoção pelo Eng.º Arala Pinto no seu livro “O Pinhal do Rei”:             “Eu mesmo, executor do ordenamento que manda abater arvoredo e semear o terreno desnudado, sinto emoção junto da velha árvore. Várias vezes tenho subido a esse monte de areia que pretende sustentar o corpo contaminado do Pinheiro do Montinho, e nunca o faço sem sentir uma certa emoção. À distância, vejo-o ainda aprumado, dominando o povoamento uniforme e puro, que conta hoje 116 anos de idad

O Ponto Novo

            O Ponto de vigia conhecido como Ponto Novo tem uma história em tudo idêntica aos já aqui falados Ponto da Crastinha e Ponto do Facho .             Os primitivos pontos de vigia do Pinhal do Rei foram mandados instalar em finais do Séc. XIX por Bernardino Barros Gomes para detecção de incêndios no Pinhal. De início eram pequenas barracas de madeira com torres anexas nos sítios mais altos do Pinhal: Facho, Ladeira Grande, Crastinha e também no edifício da Resinagem.            Alguns anos após a sua construção, por a madeira estar a apodrecer, foram reconstruídos os Pontos da Ladeira Grande e da Crastinha, passando a ser constituídos por altas armações em ferro, em cujo topo, rodeado por uma varanda, estava o posto de vigia.            A partir de 1936, por projecto do Eng.º Mário Amaro Santos Galo, o Ponto do Facho e o da Crastinha foram reconstruídos em cimento armado. O Ponto da Ladeira Grande foi substituído pelo Ponto Novo, construído em 1937. Anexa à torre de v

O Comboio Americano

            O porto de S. Martinho, tal como outros, encontrava-se limitado na sua normal operacionalidade desde finais do Séc. XVIII devido ao assoreamento, para o qual, além das causas naturais, muito contribuía o velho hábito de deslastrarem os navios dentro do próprio porto. Isto levou a que, em 1817, D. João VI mandasse dar conhecimento, por portaria, à Polícia do Porto de S. Martinho e ao Administrador dos Reais Pinhais de Leiria que, “(…) relativamente aos lastros, visto mostrar a experiência, que pelo intolerável costume de deslastrarem as embarcações dentro do mesmo porto, se acha este quasi entupido, e a não se cohibir hum semelhante abuso, se aniquilaria de todo, tornando-se inúteis os dispendiosos trabalhos, a que se está procedendo para a restauração (…)” do porto. Por outro lado, no mesmo documento, ordenava: “Os lastros de arêa ou terra serão levados nas lanchas das embarcações ou à custa dos respectivos Mestres, ou Arraes, em quaesquer outros barcos, para fora da Bar