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A mostrar mensagens de janeiro, 2013

O ciclone de 19/01/2013 no Pinhal do Rei

            No passado dia 19 de Janeiro, o Pinhal do Rei, bem como todo o território de Portugal Continental, foi atingido por um fenómeno meteorológico adverso, caracterizado por uma depressão cavada com ventos ciclónicos na ordem dos 130 km/h, o que não só originou a queda de milhares de árvores por todo o Pinhal, aqui e ali, mas também o desaparecimento de talhões inteiros de arvoredo em alto-fuste, alguns por tombo, outros porque, inexplicavelmente, as árvores foram literalmente decepadas a poucos metros do solo por alguma força incontrolável da Natureza.             Desta situação refira-se que o arvoredo que mais sofreu foi, naturalmente, o de maior porte ou longevidade, havendo a registar o desaparecimento no talhão 273, junto à antiga Casa-de-guarda do Rio Tinto, de um conjunto de pinheiros de grande porte, com idades à volta dos 180 anos, entre os quais estava aquele que, com os seus 200 anos, era já classificado como árvore de interesse público e o maior pinheiro-bravo d

A tracção animal no Pinhal do Rei

            Durante centenas de anos, praticamente até metade do século XIX, os transportes usados no Pinhal para transportar quaisquer produtos foram maioritariamente os carros puxados por bois, sendo também muito utilizados os carros puxados por burros. Tudo era feito por veículos de tracção animal, desde as sementeiras até ao escoamento dos produtos do Pinhal, incluindo o transporte das lenhas para a Fábrica dos Vidros ou de madeiras para os portos de embarque, donde seguiam depois por via marítima.             Conforme os produtos a transportar, existiam vários tipos de carros: com caixa, sem caixa, com grades, com fueiros ou dobrados. O mais utilizado foi o carro sem caixa ou de caixa aberta.             Estes carros de tracção animal usaram-se, em alguns casos, nomeadamente nas aldeias em volta do Pinhal, quase até ao século actual.             Entre os vários tipos de carros ficou célebre o chamado carro dobrado. Era usado para o transporte dos grandes pinheiros, geralme

Carlos Augusto de Sousa Pimentel e José Carlos de Menezes Alarcão

Carlos Augusto de Sousa Pimentel             Terminado o curso de Agronomia, ingressou na Repartição de Agricultura do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria em 1865, tendo sido colocado como condutor auxiliar na secção de Águas. Por portaria de 2 de Outubro de 1866 foi colocado na Secção de Águas e Florestas. Em 1869 foi nomeado condutor de 2ª classe e no ano seguinte foi autorizado a frequentar o Instituto Geral de Agricultura de Lisboa, as disciplinas que lhe faltavam para obter a licenciatura em Silvicultura, grau que alcançou em 1873.             A 20 de Janeiro de 1874 exerceu temporariamente as funções de mestre florestal.             Em 1876 colaborou com Bernardino Barros Gomes, quando este era chefe da Divisão Florestal do Sul, na elaboração de uma nova planta da Mata de Valverde e em estudos sobre a exploração desta mata e do Pinhal do Cabeção.             Em 1881 foi nomeado Sub-chefe de Divisão Florestal e no ano seguinte assumiu a chefia interin

Pedreanes e o escoamento de produtos do Pinhal do Rei

          Fazendo parte da Freguesia e Concelho da Marinha Grande, o lugar de Pedreanes situa-se à saída desta cidade em direcção a Norte, estando, em parte, com o seu Bairro Florestal, integrado na área do Pinhal do Rei, situando-se na sua fronteira Este, sensivelmente a meio do comprimento desta Mata.             Em 1824, Pedreanes era já um lugar de grande importância no que respeitava à exploração florestal do Pinhal do Rei, mas viria a aumentar essa importância na sequência das decisões tomadas após o grande incêndio que, nesse mesmo ano, destruiu uma imensa área florestal à volta de S. Pedro de Moel, prejudicando as actividades do embarcadouro onde eram feitos os embarques de madeira e outros produtos do Pinhal. Esta situação, juntamente com os constantes desgastes provocados pelo avanço do mar, levaram D. João VI a determinar que o embarque de madeiras do Pinhal Real se fizesse na Foz do Rio Lis.             Para apoiar os embarques na Foz do Lis foram construídas Tercena