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Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2013

Joaquim Ferreira Borges

            Engenheiro Silvicultor formado pela Escola Florestal deTharandt (Alemanha) em 1881. Neste ano foi nomeado subchefe da Divisão Florestal do Centro (Marinha Grande),sendo seu superior Bernardino Barros Gomes, com quem trabalhou nas triangulações dos Pinhais de Leiria e Valado e no estabelecimento das redes divisionais. Foi transferido para a Figueira da Foz onde, em 1886, foi nomeado chefe interino da Circunscrição do Norte, com sede nesta cidade.             Neste ano os Serviços Florestais passaram a ser designados por Circunscrições Florestais, chefiadas por engenheiros silvicultores, tendo sido Joaquim Ferreira Borges o primeiro chefe da Circunscrição Florestal da Marinha Grande, em substituição de Carlos Augusto de Sousa Pimentel, transferido para chefiar a Circunscrição Florestal do Norte.             A 18 de Maio de 1887 elaborou um regulamento cujo objectivo foi reunir todas as medidas preventivas contra fogos (que a prática tinha ensinado), determinar as atribu

Fonte do Arrife 20

            Conhecida pelo nome do arrife junto do qual se situa, a Fonte do Arrife 20 fica na margem esquerda do Ribeiro de Moel, a Norte da Ponte Nova, no talhão 249.           Ligeiramente afastada da estrada, de onde não é visível, é preciso percorrer alguns metros até ela. Possui uma inscrição que, creio, indica a data da sua construção: M-N 26-6-31 Fonte do Arrife 20

Ponte Nova, três meses após o temporal de 19 de Janeiro de 2013

Situação na Ponte Nova três meses após o temporal de Janeiro no Pinhal do Rei

Locais a visitar no Pinhal do Rei

            Hoje vou tentar satisfazer o interesse de algumas pessoas que me contactaram a pedir informação sobre possíveis locais no Pinhal do Rei, com interesse, do ponto de vista histórico, turístico, de lazer ou simplesmente palco de curiosidades ou lendas, que recomendaria a quem visitasse esta Mata.             Bem que eu gostaria de aqui deixar uma lista de locais e equipamentos bem cuidados e preservados, em vez de um conjunto de ruinas de antigas Casas de Guarda, fontes ao abandono e a precisar urgentemente de restauro e limpeza, e tudo mais que, com alguma desolação, vamos encontrando no Pinhal.             De facto, há muito que esta Mata carece de uma maior atenção. O restauro de fontes e antigos edifícios, ainda em razoável estado de conservação, evitaria o avanço da sua degradação. Para além disso, a colocação, nestes edifícios, de pequenas placas de identificação informando acerca da sua origem e história evitaria que, por falta de estarem assinalados, passassem de

O tojo

            Nas longas temporadas que passava na sua casa de S. Pedro de Moel, Afonso Lopes Vieira, dada a proximidade do Mar e do Pinhal do Rei, ali viria a inspirar-se para a escrita de alguns dos seus poemas.             Aqui fica “O tojo”, poema inspirado na planta arbustiva espinhosa que, com frequência, cresce no Pinhal do Rei: O tojo No mato, assim, de rojo, não sabe lisonjear… É misantropo, o tojo.   Dá flor; sabe florir, - prova que sabe amar. Somente, lá fingir não sabe, nem mentir para agradar. Seus bicos ele enrista no matagal marinho? É certo: - e estão à vista. As almas verdadeiras não são como as roseiras: a flor não esconde o espinho. Lindo tojo silvestre: fossemos nós assim! Dás flor, e és rude. És mestre. Cresce no meu jardim. Afonso Lopes Vieira

A localização de incêndios no Pinhal do Rei durante os Séculos XIX e XX

            A localização exacta de um incêndio nos pontos de vigia do Pinhal do Rei fazia-se, antigamente, através de uma luneta giratória em torno de um círculo graduado de 0 a 360 graus, tendo como orientação para 0º o Ponto Cardeal Norte.             Depois de detectado o incêndio, o vigilante ao rodar a luneta na direcção do fogo obtinha, através de um ponteiro a ela acoplado e por leitura directa no círculo graduado, a orientação em graus, partindo do zero (Ponto Cardeal Norte). Posteriormente, numa carta da Mata, e partido da localização do ponto de vigia, era traçada uma linha segundo a orientação anteriormente encontrada. O mesmo era feito nos outros pontos de vigia. Da intercepção das linhas traçadas segundo as orientações obtidas em cada um dos pontos de vigia resultava a localização do incêndio, concretamente o talhão onde este lavrava.             A existência de pontos de vigia estrategicamente localizados na Mata, a meio, a Norte, a Sul e até fora dela, como eram o