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A mostrar mensagens de 2013

Marcos de separação entre os Concelhos da Marinha Grande e Alcobaça

            Existem no Pinhal do Rei, nas fronteiras Este e Sul, junto ao Aceiro Exterior , alguns marcos limitando os concelhos da Marinha Grande e Alcobaça.             Um desses marcos encontra-se no talhão 305, junto às ruinas da antiga Casa de Guarda da Sapinha . Na face virada a Oeste, e partindo do princípio que, na inscrição, o "C." queira dizer concelho, o Concelho da Marinha Grande é indicado pela inscrição: C. Marinha Grande              Do outro lado, virado a Este, a inscrição indica o concelho de Alcobaça: C. Alcobaça Pataias              Um outro marco, idêntico a este, encontra-se no talhão 337, junto ao Ponto do Facho .   Face do marco indicando o Concelho da Marinha Grande   Face do marco indicando o Concelho de Alcobaça

Edifício dos Serviços Florestais na Marinha Grande

            Concluído em 1840, para nele serem instalados os serviços de administração e a residência do Administrador Geral das Matas, este edifício, de traça Pombalina, está situado no centro da Marinha Grande na avenida cujo nome recorda o grande patrono do Pinhal: El-Rei D. Dinis.             Nas primeiras décadas do séc. XX existia, na sua frente, um parque de plátanos, rodeado por um gradeamento em madeira seguro por pilares de pedra (idêntico ao da Praça Afonso Lopes Vieira em S. Pedro de Moel). As árvores e o gradeamento foram, mais tarde, em 1935, retirados, quando foi remodelada a avenida.             Por ali passaram muitos serviços administrativos dos vários organismos que geriram a floresta portuguesa e o Pinhal do Rei e ainda hoje ali funciona a Unidade de Gestão Florestal do Centro Litoral. Edifício da Administração das Matas Nacionais - início do séc. XX Edifício da Unidade de Gestão Florestal do Centro Litoral

Fontes no Pinhal do Rei

            Aproveitando a enorme riqueza em lençóis de água existente no Pinhal do Rei e para que trabalhadores e animais que na Mata laboravam pudessem matar a sua sede, os Serviços Florestais construíram, a partir de 1909, um conjunto de poços e fontes, muitas delas existentes ainda nos dias de hoje.             O nº 82 do Jornal da Marinha Grande, de 12 de Dezembro de1964, publicou um excelente artigo acerca de algumas dessas fontes. O seu autor foi João Francisco Saboga que escrevia com o pseudónimo Sá Peixe. In: Jornal da Marinha Grande nº 82 de 12 de Dezembro de 1964

O Pinhal do Rei no Biosfera

            Acerca da estratégia de recuperação do Pinhal do Rei após o temporal de Janeiro último, sobre, o estado da ribeira de S. Pedro de Moel e da estrada que a acompanha, ainda encerrada à circulação, os problemas com as espécies infestantes, e também sobre o rendimento e a despesa que origina a Mata Nacional de Leiria/Pinhal do Rei, o programa “Biosfera”, exibido na RTP2 no passado Domingo, 20 de Outubro, trouxe-nos importantes esclarecimentos.             Para quem não teve a oportunidade de acompanhar o programa em directo, aqui fica o vídeo.

O edifício da Fábrica de Resinagem da Marinha Grande

            Em 1859, foi construído o edifício da Fábrica da Resinagem e iniciava-se a sua laboração. Com uma área de 4250 m², este edifício, de estilo “Pombalino”, foi projectado por Bernardino José Gomes , cuja fábrica também dirigiu. Esta fábrica trabalhou de início por conta dos Serviços Florestais sendo mais tarde, a partir de 1868, arrendada a particulares.             Em 1940, com a mudança de instalações por parte do último arrendatário, dá-se o encerramento da fábrica. O edifício regressou à posse dos Serviços Florestais e em 1941 foi cedido à Câmara Municipal da Marinha Grande. Ali foram instalados, em 1942, o Mercado Municipal e, mais tarde, a Biblioteca Municipal e a Repartição de Registo Civil.             Anteriormente, já os Serviços Florestais tinham cedido a título precário algumas das dependências e anexos:             ● Em 1900, para instalação dos Bombeiros Voluntários             ● Em 1918, para instalação do quartel da GNR             ● Em 1924, para

Casa de Guarda do Sanguinhal

            Situada na fronteira Este do Pinhal, junto ao Aceiro Exterior, no início do Aceiro J, entre as antigas Casas de Guarda da Covado Lobo e da Garcia , a antiga Casa de Guarda do Sanguinhal é, talvez, a mais bonita Casa de Guarda que existiu no Pinhal do Rei, dado o seu estilo arquitectónico único nesta mata. Nas suas traseiras, em avançado estado de degradação, tal como a própria casa, podemos ainda ver as ruinas dos antigos galinheiros, do curral do porco, e a pequena horta, de onde os Guardas que ali serviram o Pinhal do Rei tiravam, para seu sustento, um complemento ao magro salário que lhes era atribuído.             A poucos metros da casa existe o poço e ao lado, coberto por um pequeno telheiro, o antigo tanque de lavar que servia a casa. A Casa de Guarda do Sanguinhal O tanque que servia a casa O Pinhal do Rei visto do interior da casa

Acerca do monumento a D. Dinis e à Rainha Santa Isabel em S. Pedro de Moel

            A ideia de levantar um monumento ao Pinhal do Rei e a D. Dinis vinha a ser levantada pelo jornal Diário de Lisboa desde 1931, voltando ao assunto em 1935 e 1939. Por essa altura, com a “Comemoração dos Centenários”, a ideia parecia finalmente avançar mas, “a despeito de muitos apoios oficiais, incluindo o do Ministro da Agricultura”, dissipou-se.             Isso mesmo é-nos contado no artigo publicado a 23 de Agosto de 1952 com o título: “Está ainda por pagar a dívida de gratidão ao Rei D. Dinis e ao Pinhal de Leiria”.             Segundo o mesmo jornal o monumento ou padrão a erigir ao Pinhal de Leiria seria “altaneiro e simples, como o próprio pinheiro de alto fuste” e teria uma singela inscrição: “Daqui saíram as madeiras para as naus da India”. Porém, não tendo avançado a ideia inicial, surgiu posteriormente uma outra: “A erecção de um monumento ao Rei D. Dinis”.             Diz-nos ainda o mesmo artigo que Arala Pinto , administrador do Pinhal do Rei (de Leiri

O engenho de serrar madeira movido a energia eólica

              Existem referências de que já na segunda década do século XVIII existia na Marinha Grande a Fábrica da Madeira . De início esta fábrica laborava com recurso à serragem braçal das madeiras mas, em 1724, com a entrada em funcionamento de um engenho de serrar movido a vento, a sua laboração foi melhorada.              Foi o Rei D. João V quem, por volta de 1723, tentando resolver o problema da serragem das madeiras, comprou e mandou instalar na Marinha Grande um engenho de serrar movido a vento. Totalmente construído em madeira por engenheiros holandeses, este inovador engenho de serrar foi montado onde é hoje o Parque Florestal do Engenho e, embora o seu funcionamento estivesse condicionado a vento certo e moderado, trabalhou cerca de 50 anos.              O Marquês de Pombal, interessando-se pelo engenho e pela sua segurança, mandou murar todo o recinto e, em 1751, criou o Regimento para o Guarda Mor dos Pinhaes de Leiria e Superintendente da Fábrica da Madeira da Mari

Pôr do Sol sobre o Pinhal do Rei

            A enorme nuvem de fumo proveniente dos incêndios no interior centro e norte do País provocou, no passado dia 30 de Agosto, este efeito no pôr do Sol sobre o Pinhal do Rei. Um efeito bonito mas dramático se tivermos em conta a tragédia que lhe deu origem. Pôr do Sol sobre o Pinhal do Rei em 30-08-2013

Os Ordenamentos e a gestão do Pinhal do Rei

            Documentos imprescindíveis à gestão do Pinhal do Rei, os Ordenamentos eram como uma espécie de balanço ou inventário que, tal como hoje, temporariamente, se fazem em qualquer empresa e em qualquer ramo de actividade. Neles não só se analisava a gestão do Pinhal nos anos anteriores, dando a conhecer a sua situação geral, como também se programava todo o seu desenvolvimento futuro, prevendo essa mesma gestão para os anos seguintes, por exemplo ao nível do abate de árvores em futuros cortes finais.             Mas nem sempre foi assim! Até muito perto do final do Séc. XIX o Pinhal do Rei nem sempre teve uma gestão organizada.             O primeiro Ordenamento foi definido em 1892 por Bernardino Barros Gomes e elaborado conjuntamente com os silvicultores Joaquim Ferreira Borges e José Lopes Vieira . Como preparação para este ordenamento foi, nos anos de 1880, 1881 e 1882, elaborada por Bernardino Barros Gomes, Carlos Augusto de Sousa Pimentel , Joaquim Ferreira Borges e

Cuidado! Não provoque o fogo!

            Sem data de edição que conseguisse apurar em concreto, este cartaz, editado pelos Serviços Florestais por volta do início da década de 80 do Séc. passado, chamava a atenção para os perigos dos incêndios florestais.             Com as dimensões de 48.5 x 33 cm, através de um engraçado personagem, o cartaz, que também circulou no nosso concelho e nas nossas escolas, apontava tais perigos dizendo: “Cuidado! Não provoque o fogo! - Lembre-se! Um fósforo ou uma ponta de cigarro podem ser o princípio....”. Uma mensagem sempre actual que, nestes dias quentes de Verão, convém ter em conta, não vá o pior acontecer ao nosso Pinhal do Rei.

O Ponto de Vigia do Facho

            Bernardino Barros Gomes mandou instalar em finais do Séc. XIX os primeiros pontos de vigia para detecção de incêndios no Pinhal do Rei.             Naquela época, estes Pontos eram apenas pequenas barracas de madeira com torres anexas nos sítios mais altos do Pinhal: Facho, Ladeira Grande, Crastinha e também no edifício da Resinagem.             Em 1885 foi construído o Ponto da Boavista substituindo o do Edifício da Resinagem.             Em cada um destes pontos de vigia viviam dois homens vigiando permanentemente o Pinhal, vindo um deles avisar a Administração em caso de incêndio.             Construídos em madeira e dado que esta estava a apodrecer, os primitivos Pontos de Vigia da Ladeira Grande e da Crastinha foram reconstruídos alguns anos após a sua construção. Por estar mal construído foi também reconstruído o Ponto do Facho.             Nessa reconstrução, estes Pontos passaram a ser constituídos por altas armações em ferro, em cujo topo, rodeado por

Morcegos no Pinhal do Rei

            O grupo "Borboletas da Marinha Grande" organizou mais uma das suas sessões de observação de borboletas nocturnas, desta vez no Vale dos Pirilampos no Pinhal do Rei. Esta sessão era aguardada com alguma ansiedade por alguns dos regulares membros do grupo, já que traria associada uma novidade nunca antes praticada pelo grupo.             De facto, tratou-se de uma sessão de observação conjunta de morcegos e borboletas nocturnas.             Sílvia Barreiro e Bruno Silva, conhecedores do assunto em questão (quirópteros), transmitiram aos participantes conhecimentos acerca dos morcegos em Portugal e no Mundo, inclusive através de uma apresentação multimédia.             O objectivo em relação à sessão de observação de morcegos era a captura de eventuais espécimes habitantes daquela zona do Pinhal, observá-los e catalogá-los sendo, para tal, montadas redes para a sua captura.             Porém, ia já adiantada a hora sem que nas redes tivesse caído algum ind

O Vale dos Pirilampos

            O pequeno lugar conhecido como Vale dos Pirilampos está integrado numa zona de maior amplitude conhecida por Vale da Felícia, um dos locais de maior biodiversidade e onde podem ser admiradas algumas da espécies de fauna e flora autóctones do Pinhal do Rei. Está situado entre as abruptas vertentes do Ribeiro de S. Pedro de Moel, entre a ponte conhecida como Ponte de S. Pedro, na Estrada Nacional 242-2 entre a Marinha Grande e S. Pedro de Moel, e o lugar da Ponte Nova.             Atravessando o Pinhal de Este para Oeste, o Ribeiro de S. Pedro de Moel, serpenteando em direcção à foz na Praia Velha, entre curva e contracurva, talvez devido também a pequenos troncos caídos e em decomposição que, ao longo dos tempos, se acumularam naquele lugar obstruindo-o parcialmente, alargou o leito e formou um pequeno lago, criando um dos mais belos e calmos recantos do Pinhal do Rei.             Relatos antigos descrevem este local como ponto de encontro de grupos de jovens que, no

Um fogo no Pinhal do Rei

            Publicado na Ilustração Portuguesa, um suplemento do jornal “O Século”, em Setembro de 1916, este impressionante artigo relata, ao longo de quatro páginas, a ocorrência de “Um fogo no Pinhal de Leiria”. In: Ilustração Portuguesa nº 550 de 04 de Setembro de 1916 © Hemeroteca Digital