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António Arala Pinto

            Nascido na Ribeira, Ovar, a 13 de Outubro de 1888, formou-se em Engenharia Silvícola pelo Instituto Superior de Agronomia. Foi colocado na 3ª Circunscrição Florestal (Mata de Leiria), em 1922, sendo nomeado chefe da Circunscrição em 1927.
            Notabilizou-se não só pelo seu trabalho dentro do Pinhal, que alindou e desenvolveu, como também por escritos relativos às Matas, à indústria vidreira e a problemas sociais. Foi durante a sua administração que se realizaram obras importantes, como a sementeira das dunas a sul da Senhora da Vitória (Paredes), em 1927; o estudo de novos processos de resinagem, em 1933; a construção de novas estradas, num total de 70 Km, entre as quais a famosa Estrada dos Vidreiros; a construção de caminhos e trilhos para facilitar a deslocação dos guardas em bicicletas (que ele conseguiu obter); a construção de várias fontes e poços; e renovação dos pontos de vigia; a transformação do Viveiro do Tromelgo, e a implantação do comboio de lata.
            Numa época em que a Marinha Grande vivia uma das maiores crises vidreiras, Arala pinto não foi insensível à situação de grande carência em que vivia a população. Conseguiu verbas para abertura de estradas dentro do Pinhal, em que se empregaram centenas de trabalhadores vidreiros sem ocupação. Criou a Lutuosa Florestal, cuja finalidade era socorrer as viúvas dos florestais; impulsionou a fundação do Grémio Florestal em Abril de 1928, uma associação com fins recreativos e lúdicos mas de cariz instrutivo.
            Autor de livros técnicos, como “As árvores” e “Fogos”, seria “O Pinhal do Rei” que o referencia, uma grande obra que contém toda a história do Pinhal e apresenta alguns factos de interesse na vida da Marinha Grande.
            Após a aposentação por doença, em 1957, foi viver para Lisboa, onde faleceu a 30 de Março de 1959.

In: http://www.afn.min-agricultura.pt/portal
Patente de 10 a 27 de Março de 2011 na exposição "Factos e Personalidades do Pinhal do Rei", na Galeria Municipal da Marinha Grande – Edifício dos Arcos (Jardim Stephens)

Comentários

  1. Bom trabalho, senhor Gonçalves. Só hoje vi este blog e à primeira impressão é muito bom. Fico grato pois também eu sou amante das questões marinhenses, especialmente históricas, onde se inclui o histórico Pinhal da Marinha Grande, cujas raízes são já anteriores à nossa nacionalidade.
    Luís Neto

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