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Frederico Luiz Guilherme de Varnhagen

          Nasceu em Arolsen, principado de Walde, Alemanha, em 1782. Veio para Portugal nos primeiros anos do séc. XIX, a convite do então príncipe D. João, para organizar cientificamente os Serviços da Mineração de Ferro. Foi nomeado director das Fundições da Foz de Alge, onde se iniciava o fabrico de cutelarias, espingardas e peças de artilharia.
          Em Outubro de 1810 seguiu para o Brasil, onde se encontrava D. João VI e a Corte portuguesa na sequência das invasões napoleónicas, incumbido de proceder a levantamentos topográficos e estudos de mineração.
          Regressou a Portugal 14 anos depois e foi colocado na Marinha Grande, como o primeiro Administrador Geral das Matas do Reino, nomeado por Portaria de 17 de Setembro de 1824, data em que foi criada esta Administração e seu Regulamento, no âmbito do Ministério da Marinha. Apesar de ter sido em 1824 que se concluiu o bonito prédio para a Administração do Pinhal e residência do Administrador Geral, Varnhagen preferiu viver dentro do Pinhal, no sítio da Fonte Santa. Sob sua direcção foi levantada em 1841 a segunda planta topográfica do Pinhal de Leiria e realizado o primeiro trabalho de abertura de aceiros – conhecidos como “quadrados Varnhagen”. Mandou construir o viveiro do Tromelgo, por volta de 1830, e a ele se deve a introdução de novas técnicas na sementeira e corte dos pinheiros, sendo autor do “Manual de instruções práticas sobre a sementeira, cultura e corte dos Pinheiros”, publicado em 1836. Neste trabalho, entre inúmeras considerações técnicas relativas às culturas dos pinhais, destacam-se as primeiras referências ao interesse da utilização nas matas dos fogos controlados como “(...) um meio seguro de livra-lo de ser incendiado no verão (...)”.
         Pertenceu à Academia Real das Ciências e teve o título honorífico de Couteiro-mor do Reino.
         Embora formado em engenharia de minas e com largos estudos no âmbito das ciências sociais, o Administrador Varnhagen contribuiu em muito para o engrandecimento do Pinhal e da própria povoação da Marinha Grande, que conseguiu ver elevada, por algum tempo, à categoria de concelho.
         Faleceu a 16 de Novembro de 1842, em Lisboa, onde ficou sepultado.


IN: http://www.afn.min-agricultura.pt/portal 
Patente de 10 a 27 de Março de 2011 na exposição "Factos e Personalidades do Pinhal do Rei", na Galeria Municipal da Marinha Grande – Edifício dos Arcos (Jardim Stephens)

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